Aos 64 anos, graças à internet, ela descobriu que tinha uma irmã.

A infância de Helen Edwards em Tyneside, Inglaterra, não foi fácil. Quando seu pai chegava em casa depois do trabalho, ele era violento e abusivo. Para escapar dessa provação, Helen fez algo que nunca revelou a ninguém: ela conversava com uma irmã imaginária. Dez anos se passaram e Helen manteve sua irmãzinha em segredo.

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A apenas alguns quilômetros de distância vivia Jenny Lee Smith. Diferentemente dos pais de Helen, os de Jenny eram afetuosos e todo dia demonstravam a ela que a amavam. Mas eles também escondiam algo dela. Um dia, quando ela tinha 14 anos, sua vida virou de cabeça para baixo de uma hora para a outra. Ela saiu para brincar com seus primos e entrou em uma briga com eles. Então, um deles disse a ela que ela não poderia se juntar a eles porque ela era adotada. Quando ela voltou para casa, chocada e triste, sua mãe admitiu a verdade: eles adotaram Jenny quando ela tinha seis semanas de vida mas nunca haviam contado a ela. Daquele momento em diante, Jenny não conseguia tirar isso da cabeça. No entanto, ela não ousava tomar nenhuma atitude porque nos anos 60 ser adotado ainda era meio que um tabu. 

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Foi só em 2003 que Jenny encontrou sua mãe biológica. A mãe dela ficou grávida aos 28 anos, mas teve que dá-la para adoção por motivos financeiros. Ela se desculpou profundamente, mas depois ela revelou um detalhe inesquecível: Jenny tinha uma irmã. A mãe dela a implorou para que ela não revelasse o segredo. "Minha filha Helen pode entrar pela porta a qualquer minuto. Não diga nada a ela, não diga quem você é". Jenny teve ainda mais esse choque e ficou com o coração pesado.

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Um ano depois a mãe de Helen e Jenny morreu. Jenny decidiu que era hora de procurar pela irmã. Ela escreveu uma mensagem para o Genes United, um site que reúne familiares que perderam contato.

Tendo sobrevivido a uma infância de abusos e vivido por décadas sem conhecer a verdade (só tendo a memória de sua amada irmã imaginária), Helen recebeu um e-mail. "Após muita investigação, eu acredito que você seja minha meia-irmã", alguém chamado Jenny lhe escreveu. Agora era a vez de Helen ter um imenso choque. Enquanto Jenny esteve procurando por sua família biológica por 40 anos, Helen não fazia nem ideia de que isso fosse possível. Finalmente, em 2007, elas se encontraram. Foi um momento muito feliz.

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Mas o mais impressionante é que ainda tinha mais surpresas a caminho. Helen e Jenny pensaram que tinham apenas a mesma mãe biológica, mas depois de um teste de DNA elas descobriram que também tinham o mesmo pai! E não foi só isso: o homem violento que criou Helen não era seu pai verdadeiro. A mãe delas havia tido um caso extraconjugal e ficado grávida, mas apenas uma vez. Então, elas não eram apenas irmãs, elas eram gêmeas! "É como encontrar a última peça do quebra-cabeça. Nós sentimos como se tivéssemos recebido uma segunda chance", elas explicaram cheias de alegria após se encontrarem de novo.

Helen nem imaginava, quando falava com sua "irmã imaginária" por todos aqueles anos, que ela realmente existia e que elas se encontrariam 50 anos depois. Isso sim é uma história com final feliz!

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Veja as irmãs contarem sua extraordinária história (em inglês). É simplesmente impossível não ficar tocado com o afeto e o bom humor delas:

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