Após morte de seu cão, dono escreve carta de despedida emocionante.

Em 2016, John Pointer perdeu seu melhor amigo. Seu cachorro, Benny, sofreu eutanásia depois de lutar com um câncer e falência do fígado. Na época, John postou uma carta de despedida no Facebook, escrita pela perspectiva de Benny, que ele dedicou ao seu buldogue favorito.

Mas se você ler melhor, você vai perceber que esta carta é realmente uma declaração de amor de John para Benny.

"Ontem foi um dia esquisito. Eu não consegui sair da cama. O cara que vive comigo me pegou no colo. Eu tentei colocar minha pernas pra baixo, mas elas não cooperavam. Ele disse: 'Não se preocupe, eu estou com você, amigo', desceu as escadas comigo e saímos. Ele foi tão leal. Eu precisava muito fazer xixi, eu só tinha que chegar lá, onde ele me abaixou. Normalmente eu não faria ali, mas nós decidimos fazer uma exceção à regra.

Eu comecei a andar no estacionamento na direção daquele lugar aonde todos os cães como eu vão pra fazer cocô. Eu senti minha pernas se arrastando no chão. 'Que estranho', eu pensei. Então, de repente, eu tive muita vontade de fazer. Bem no meio do estacionamento. Normalmente eu não faria ali também. É contra as regras.

O meu humano limpou a sujeira. Ele é bom nisso. Eu fiquei com vergonha, olhei pra ele e ele disse: 'Quer continuar a andar, amigo?' Eu quis, mas foi surpreendentemente difícil. Quando chegamos ao final do estacionamento, minha cabeça estava girando. Eu tentei escalar o montinho e quase caí. Eu não estava entendendo o que estava acontecendo. Ele se abaixou de novo e passou a mão em mim. Foi gostoso. Ele me pegou no colo e me levou pra casa. Eu ainda estava confuso e minha cabeça estava meio aérea, mas eu estava feliz de não ter que andar todo o caminho de volta. De repente, me pareceu uma distância impossível.

Eu fiquei tão feliz em deitar na minha cama. Meu humano me fez carinho, dizendo: 'Eu estou com você, amigão. Estou com você.' Eu amo como ele faz eu me sentir. Eu sei que ele me ama. Ele faz tudo ficar melhor.

Ele tocou nas minhas patas e puxou meu lábio para cima. Ele disse: 'Amigo, voce está com frio?' Eu estava. Meu rosto estava frio, minhas patas também. Ele mandou mensagem para algumas pessoas e voltou para me fazer carinho.

Alguns minutos depois, outra pessoa chegou. Ele é um dos meus preferidos e seu nome é Jay. Ele me fez carinho e disse pro meu humano: 'Você quer pegar um cobertor?' Eles colocaram o cobertor em mim e, uau... aquilo foi bom. Eu relaxei, eles passaram a mão em mim e começaram a segurar as lágrimas.

Eu nunca quis que eles chorassem, isso parte meu coração. É o meu trabalho fazê-los felizes, e eu estava só um pouco cansado e com frio. Eu dormia e acordava e eles estavam sempre lá, se certificando de que eu estava bem, e conversando um com o outro.

Durante todo o dia, meu humano fez algumas ligações, e passou bastante tempo comigo. Eu o ouvi dizer, '9 da manhã, amanhã... tá... sim... Eu aviso se algo mudar. Obrigado, Dr. MacDonald.' Ele ligou pra mais alguém e disse: 'Me desculpa, eu tenho que cancelar hoje à noite.' Depois eu comecei a cair no sono, eu acho que ouvi ele chorar um pouco, de novo.

De noitinha, mais das minhas pessoas preferidas vieram. Elas foram tão amáveis. Eu lambi as lágrimas delas quando chegavam perto do meu rosto. Elas sussurraram coisas doces no meu ouvido e me disseram que eu era um bom garoto. Mais tarde, eu me senti bem o suficiente para levantar e andar até à porta para ver quem estava entrando. Foi mais exaustivo do que eu me lembrava, mas eu amei ver todo mundo. Eu escutei o meu humano dizer algo do tipo: 'Foi a primeira vez que ele levantou sozinho hoje.' Todos pareciam felizes por eu estar fora da cama. Eu também, mas... nossa... depois que a excitação passou, foi difícil caminhar.

Depois que o último visitante se foi, meu humano me levou pra fora pra fazer o que ele chamava de 'meu negócio'. Nós voltamos e quando chegamos no primeiro degrau da escada, eles pareciam ter dobrado de tamanho e serem dez vezes mais longos do que eu me lembrava. Eu olhei pro meu humano, e ele me olhou. Ele disse, 'Não se preocupa, amigo, eu pego você.' E me levou no colo.

Depois ficou ainda melhor! Ao invés de dormir na minha cama, ele me chamou pra dormir na cama DELE. Deixa eu repetir: 'Eu pude dormir na cama com o meu humano!' Eu nunca vou sair do lado dele. Mas eu não estava me sentindo bem e às vezes era difícil respirar.

Parece ter começado há uns meses atrás. Estávamos brincando de correr atrás da bola e eu simplesmente apaguei. Eu não sei o que houve, mas acho que eu parei de respirar. Eu conseguia ouvir o meu humano chamar meu nome. Eu não conseguia mover nenhum músculo. Ele levantou minha cabeça e olhou dentro dos meus olhos. Eu podia vê-lo bem ali, mas não podia lamber o seu rosto. Ele disse: 'Benny, você está aí?' Eu não pude responder. Ele me olhou e disse: 'Fica tranquilo, amigo, eu estou com você. Está tudo bem.' Eu comecei a girar pra dentro da escuridão, mas então meus pulmões deram um suspiro profundo e eu consegui ver de novo.

Nós fomos a alguns médicos e, desde então, eu tenho ouvido muitas palavras como 'cardiomiopatia', 'câncer' e 'falência do fígado'. Tudo o que eu sei é que, às vezes, eu me sinto bem, e outras... você sabe... simplesmente não. Meu humano me dá comprimidos.

Esta manhã, eu ouvi meu humano se levantar e tomar banho. Ele voltou pro quarto e estava cheirando bem. Ele me ajudou a levantar, mas dessa vez eu consegui sozinho. Eu fiz o meu negócio e voltamos para dentro. Ele abriu uma lata de comida de cachorro úmida muito, muito deliciosa. Cara... eu amo aquele negócio!

Jay apareceu de novo. Que surpresa boa! Ele e meu humano pareciam preocupados, mas todo mundo estava me fazendo carinho. Parecia um pouco com uma peça de teatro em que todos os atores estavam tristes, mas fingindo estarem felizes. Bem, depois disso, outra pessoa chegou. Ela estava vestindo calça de médico e eu me encostei nela.

Eu escutei eles conversarem. Todos olharam minhas gengivas e sentiram minhas patas. Eu escutei a doutora de calças dizer: 'A decisão é sua, mas ele já está bem naquela janela. Eu não quero te pressionar, mas vendo a falta de cor dele, eu estou honestamente chocada que ele esteja se levantando. Sem contar as pastas e o beiço, olha aqui...', ela apontou pra minha cara. 'Isso deveria estar rosa. Está quase branco, indo pro amarelo.'

Meu humano e Jay foram lá pra dentro pra conversar sobre algo. Quando voltaram, ouvi meu humano dizer: 'Eu concordo. Eu não quero esperar até que ele esteja em agonia absoluta.' Então nós fomos para dentro. Verdade seja dita, eu estava me sentindo bem mal, mesmo que estivesse em pé e andando. Parecia que toda a minha cabeça estava fria, minha patas estavam congelando e minhas patas traseiras não estavam funcionando direito.

A doutora de calças disse: 'Eu só vou colocar isso nos músculos dele. É um sedativo. Depois eu volto e você pode dar amor a ele até que ele durma.' Meu humano beijou meu rosto e olhou nos meus olhos. Ele estava tentando não chorar. A doutora de calças me deu uma injeção de alguma coisa na perna. Eu apenas olhei pro meu humano. Ele é tão incrível. Eu sempre vou estar ao lado dele.

Ele e Jay me fizeram carinho e disseram as coisas mais legais - que bom cachorro eu era, que bom trabalho eu havia feito, como eles estavam gratos de me terem tido na vida deles. Depois de um tempo, minha mente começou a embaralhar. FOCO! Eu olhei de volta pro meu humano. Eu amo tanto ele.

Eu caí no sono de novo. FOCO! Eu posso ver meu humano. Eu o amo tanto. Eu sempre vou estar ao seu lado. Ele sabe disso. Eu estou com sono? FOCO! Eu sempre cuidarei dele com todo o meu coração...

A doutora de calças disse: 'Ele deve ter uma vontade incrível de ficar com você. Ele está realmente lutando. É impressionante.' Meu humano engoliu o choro e disse: 'Eu sei, esse cara vive por mim. Ele é a alma mais devotada que já conheci...' Nós colocamos nossas cabeças juntas e fechamos os olhos. Eu não sei descrever. Nós nos olhamos de novo. Eu me senti entrando naquela onda, talvez deitar fosse melhor. Meu humano me ajudou. Cara, foi tão booommmm.

Eu senti ele e Jay me fazerem carinho e falarem comigo. Eles me amavam tanto! Quão sortudo eu sou? Depois eu senti milhares de mãos me acariciando. Todo mundo que eu conhecia e amava estava lá, passando a mãe e mim, coçando minha orelha e aquele lugar debaixo da minha coleira que faz minhas pernas mexerem. Todo mundo devia provar isso. É simplesmente incrível!

Depois eu senti a doutora de calças tocar a minha perna. Eu contei que meu humano teve que pagar pra consertar meus dois joelhos? Eles são de titânio e me ajudaram, mas você sabe... tenho sentido eles estalarem ultimamente.

Com todo mundo passando a mão em mim, a doutora de calças espetou outra agulha na minha perna, mas, desta vez, enquanto o líquido entrava, minhas pernas ficaram curadas! Meu joelhos estavam perfeitos! E à medida que eu sentia ele se espalhando pelo meu corpo, meu câncer desapareceu! E meu fígado estava melhor! E, finalmente, até o meu coração estava inteirinho e saudável! Eu me senti liberto de todas as doenças. Incrível!

Eu vi meu humano, Jay e a moça que vive na nossa casa, Shelly. Eles pareciam estar se debruçando em algo. Eu fui ver o que era. Parecia... eu não sei. Meio que parecia comigo, mas eu parecia estar me sentindo bem doente, ou exausto. O rosto estava borrado, então não consegui dizer bem, mas o pobre cara parecia estar sofrendo.

Eu posso dizer que meu humano estava aliviado e muito, muito triste ao mesmo tempo. Eu o amo tanto. Eu olhei pro que parecia comigo e olhei para ele... eu acho que ele estava triste por aquele outro ali. Eu pulei pelo quarto, feito um palhaço, mas parecia que eles queriam ficar quietos e focar naquele outro que eles estavam passando a mão e beijando.

Mas meu humano estava definitivamente triste. Eu me encostei nele, como havia feito um milhão de vezes, mas não foi a mesma coisa. Parecia que o corpo dele era uma nuvem e eu o atravessei. Então eu me aproximei dele, sentei como um bom menino e meu coração sussurrou pro seu: 'Não se preocupe, amigo. Eu estou contigo.'

Eu nunca vou sair do lado dele. Ele sabe disso."

Você alguma vez já leu uma despedida tão triste? Benny foi verdadeiramente o melhor amigo do homem.

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