Mãe tatuada rebate quem achou que ela não devia ter filhos.

A britânica Gylisa Jayne tem uma filha de quase dois anos chamada Lily. Ela tem também cabelo tingido de rosa e muitas tatuagens pelo corpo. Sua aparência moderna e seu jeito descolado foram motivo suficiente para que alguém lhe dissesse que ela não seria o tipo de mulher adequado para a maternidade.

A princípio, Gylisa nem quis responder. Porém, mudou de ideia ao notar que aquilo não saía da sua cabeça.

Eis a resposta dela:

"Alguém me disse há alguns dias que ela não achava que eu seria do tipo certo “pra ser mãe”.

Eu deixei quieto porque se há uma coisa que aprendi sobre a maternidade é que as pessoas falam muita bobagem e nem sempre percebem isso.

Eu não deixei tão quieto assim, porque até agora estou com isso na cabeça. É uma dessas frases tão comuns em que colocamos a etiqueta de “Mãe” e montamos um estereótipo na nossa mente. Uma “Mãe” tem que viver de acordo com certas regras que não se limitam apenas à criação do seu filho.

Mães devem sacrificar tudo a respeito delas mesmas para exercer esse papel. Mães não podem ter bolsas caras, dia de compras no shopping ou uma ida à manicure de vez em quando. Mães não devem ter tatuagens, cabelos coloridos ou piercings.

Mães não devem ter histórias sobre como foram imprudentes, destemidas ou apenas divertidas. Mães não podem ter vivido uma vida cheia de experiências antes de terem filhos, é esperado que elas esqueçam sua identidade própria para criar outra pessoa.

Mas como podemos criar nossos filhos com eficiência se não tivermos alguma experiência de vida antes disso?

Se eu não buscasse meu próprio caminho, como eu poderia guiar uma nova alma por caminhos semelhantes?

Quando nos tornamos mães, não é porque estamos loucas para limpar o bumbum de outra pessoa. É porque queremos dar mais vida à nossa vida e ver uma outra pessoa crescer.

Talvez seja porque depois de tudo o que passamos, finalmente achamos alguma estabilidade - e ter uma família nos ajuda a sentir os pés no chão.

Maternidade não é um grupo exclusivo para o qual só entram quem age ou aparenta ser de um certo modo.

É cheio de mulheres que tiveram vidas e histórias muito ricas. Mulheres de todos os tipos, com histórias das mais diversas e um rico histórico de vida. Mulheres que xingam, que não xingam, que são verdadeiras e que não estão nem aí para o que você pensa…

Então eu devo fugir às expectativas de alguns sobre como deveria me postar, mas minha filha diz que estou fazendo um ótimo trabalho."

Excelente, Gylisa!

 

 

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